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segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Técnicas de Controle de Produtividade e Aspectos que Contribuem para a Maior Produtividade

Nos últimos anos decorridos os modelos de gestão e organização do sistema produtivo tem sofrido algumas alterações no mundo todo. Dois grandes fatores influenciaram essas mudanças.

A primeira diz respeito ao grande avanço tecnológico ocorrido mundialmente, tanto na tecnologia da informação quanto em máquinas e equipamentos, que permitiram uma forma mais eficiente de planejamento e controle das operações industriais.

A segunda alteração observada diz respeito às derivações obtidas por novas filosofias, metodologias de gestão e conceitos que se tornaram uma vantagem competitiva dentro das organizações.

Analisando tais fatores, para se obter uma vantagem competitiva baseada em uma dimensão de tempo é imprescindível a análise de alguns objetivos de produção, tais como velocidade, pontualidade e flexibilidade.

Conforme afirma Shingo (1996) o modelo Toyota de produção foi o primeiro método de produção baseado numa filosofia de gerenciamento de produção com estoque zero, onde se procura a otimização da organização com o foco em atender as necessidades do cliente no menor prazo possível, na mais alta qualidade e ao mais baixo custo, e de forma simultânea se almeja o aumento da segurança e confiança de seus colaboradores, envolvendo e integrando não só manufatura, mas todas as áreas da organização.

Em sua essência, o Sistema Toyota de produção tem como objetivos a total eliminação do desperdício e a perseguição e eliminação de toda e qualquer perda. É o que na Toyota se conhece como princípio da subtração-custo. Este princípio baseia-se na convicção de que: Custo + Lucro = Preço. E deve ser substituída por: Preço - Custo = Lucro.

Conforme afirmam Martins e Laugeni (2005), vários fatores podem determinar a produtividade de uma empresa, merecendo destaque para os seguintes pontos: 

A relação capital e trabalho, que indica o nível de investimento em máquinas, equipamentos e instalações em relação a mão de obra empregada; 

A escassez de alguns recursos, como a energia elétrica que podem afetar diretamente a produtividade se não forem analisados previamente; 

As mudanças na mão de obra, onde os custos de mão de obra aumentam conforme sua qualificação, em contrapartida aumentam as chances de se obter uma qualidade superior no produto final; 

A inovação e tecnologia, onde um aumento da produtividade a médio e longo prazo indicam investimentos em pesquisas e desenvolvimento; 

As restrições legais, onde podemos citar as restrições ambientais. Assim como a escassez de recursos, essas restrições devem ser analisadas previamente, buscando assim minimizar os impactos no cronograma e decorrer da operação; 

Os fatores gerenciais, relacionados com a capacidade dos administradores de se empenharem em programas de melhoria de produtividade em suas empresas; 

Por último e não menos importante, qualidade de vida, levado muito seriamente em consideração atualmente pelas empresas, onde as mesmas procuram melhorar a qualidade de vida de seus funcionários visando assim o aumento da produtividade. 

Martins e Laugeni (2005) afirmam que o controle da produtividade diz respeito ao processo formal de gestão, que envolvendo tanto os níveis gerenciais como os colaboradores, com o objetivo de reduzir os custos. Para medir a produtividade deve-se utilizar métodos adequados utilizando dados já existentes ou coletando novos.

Atualmente existem várias técnicas de controle de produtividade como já foram citadas anteriormente e que podem ser utilizadas para obter tais objetivos, se destacando as ferramentas estatísticas. Pode-se ainda destacar aspectos existentes que contribuem para uma maior e melhor produtividade: 

Objetos claros e adequados fixados do que se deseja alcançar através do esforço empregado; 

Processos racionalizados visando melhores formas e mais otimizadas para realização das atividades; 

Eficiência e eficácia na comunicação, tornando assim a compreensão do projeto mais fácil e também fornecendo uma visão do projeto de forma mais partilhada entre todos os envolvidos no mesmo; 

Responsabilidade por parte dos executores de entender quais as atividades que devem ser executadas por eles e os objetivos que os mesmos devem procurar alcançar;

Planejamento participativo, procurando assim obter diferentes formas de resolução de um problema e também uma maior quantidade de informações com relação ao projeto, tornando assim o planejamento mais rico e ao mesmo tempo contribuindo para um enriquecimento de informações;

Motivação por parte dos envolvidos no projeto;

Utilização de tecnologias adequadas, que propiciam maior confiabilidade às ferramentas de controle utilizadas, permitindo assim um planejamento e controle condizente com as necessidades identificadas;

Competências técnicas e habilidades interpessoais condizentes com a atividade a ser executada visando assim atingir o mais próximo possível dos objetivos pré-estabelecidos através de seus conhecimentos.

Com isso podemos observar, em linhas gerais, a ocorrências na análise e retirada de dados de produtividade e eficiência entre as organizações, visando cada dia mais aprimorar seus processos. Visando melhores resultados as empresas utilizam diversas técnicas para análise de dados, podendo assim obter informações sobre a produtividade e eficiência da empresa, seus processos e projetos.

Simultaneamente e juntamente com a busca de resultados mais expressivos e positivos, as empresas almejam a melhorias continua na qualidade dos produtos oferecidos, pois quanto menor o retrabalho, melhores serão os resultados finais obtidos na produtividade. 


Referências:

SHINGO, Shingeo. O Sistema Toyota de Produção: o ponto de vista da engenharia de produção. Porto Alegre: Bookman. 1996. 

MARTINS, Petrônio G; LAUGENI, Fernando Piero. Administração da Produção. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

Estudo sobre controles de produtividade e eficiência: 
http://www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/mostraucsppga/mostrappga2013/paper/viewFile/3617/1122

MONDEN, Y. Sistema Toyota de Produção. Editora do IMAM, São Paulo, 1984.